30 de dezembro de 2010

"DEUS CRIOU . . . A TERRA" - O PLANETA TERRA?

Olharei, pois, para este, para o . . . que treme da minha palavra. ISAÍAS 66:02

Embora seja impossível para o homem predizer com exatidão o nosso futuro, Deus pode e fez isso! Através das páginas da Bíblia ficamos familiarizados com muitas de suas profecias (histórias contadas de antemão). Uma delas é a encontrada no capítulo 65 do livro de Isaías. (Hebr.: Yesha·‛eyá·hu, significando “Salvação de Jeová”; LXXBagster(gr.): He·sa·í·as; lat.: I·sa·í·ae (de I·sa·í·as) Deus predisse ali: “Eis que crio novos céus e uma nova terra” (Isaías 65:17). Esta declaração tem de ser plenamente compreendida para que em seguida possamos entender Gênesis 1:1,

O atual universo não é bom?
     Se as Testemunhas de Jeová tomassem como literais as palavras proféticas do livro de Isaías citadas acima, então teríam(os) de concluir que nosso universo, com tudo dentro mesmo nosso planeta, a Terra desaparecerão nos próximos anos e darão lugar a um novo universo com um novo planeta criados por Deus também chamado de Terra. Por quê? Porque é assim que entendem Gênesis 1:1. Mas felizmente nós não cremos assim com respeito à profecia de Isaías! Entendemos que o relato ali é simbólico, não literal.
     Na verdade, se tomássemos como literais muitas das declarações bíblicas, tudo seria uma tremenda confusão de ideias. Não haveria sentido algum em nada do que está escrito. Mas vamos supor que as palavras proféticas de Isaías 65:17 estivesse falando dos mesmos 'céus e terra' de gênesis 1:1 o universo e o planeta terra conforme entendido assim pelos da dianteira mundial da Associação das Testemunhas de Jeová. Teríamos de perguntar o que saiu errado com o atual universo. Será que os atuais universo e planeta Terra não foram bem 'criados'? Ou será que é porque neste universo e planeta não vemos "justiça", conforme podemos perceber das palavras do apóstolo de Jesus, Pedro? (veja 2 Pe. 3:13) Por quê afinal Deus (ou os Deuses) teriam de criar, destruir e tornar a criar um novo universo e um novo planeta Terra? Não, definitivamente não vemos sentido em raciocinar assim não é mesmo? Então, como devemos entender a declaração profética de Isaías 65:17 e, subsequentemente, de Gênesis 1:1?
      Simples, ao lermos o contexto de ambas as declarações vemos clara e nitidamente o que diz e o que não diz o relato. Vejamos o contexto de Isaías primeiramente. Ali Jeová diz: Pois eis que crio novos céus e uma nova terra; e não haverá recordação das coisas anteriores, nem subirão ao coração. Mas exultai e jubilai para todo o sempre naquilo que estou criando. Pois eis que crio Jerusalém como causa para júbilo e seu povo como causa para exultação. E eu vou jubilar em Jerusalém e exultar pelo meu povo; e não se ouvirá mais nela o som de choro, nem o som dum clamor de queixume. sublinhado meu. (Isaías 65:17-19; leia também 66:22) Observou que o livro associa os “novos céus” à cidade de Jerusalém e a “nova terra” ao povo desta? Este raciocínio é lógico, como também revela a enciclopédia Estudo Perspicaz das Escrituras:

A identidade dos “novos céus” e da “nova terra”
     A enciclopédia diz: “A ligação dos 'céus' com poder governante ajuda no entendimento do sentido da expressão 'novos céus e uma nova terra', encontrada em Isaías 65:17; 66:22, e citada pelo apóstolo Pedro em 2 Pedro 3:13. Observando esta relação, a Cyclopædia (Ciclopédia, 1891, Vol. IV, p. 122) de M’Clintock e Strong comenta: 'Em Isa. lxv, 17, um novo céu e uma nova terra significam um novo governo, novo reino, novo povo'.
Assim como a 'terra' pode referir-se a uma sociedade de pessoas (Sal 96:1; veja TERRA); assim também 'céus' pode simbolizar o superior poder dominante ou governo sobre essa 'terra'. A profecia que apresenta a promessa de 'novos céus e uma nova terra', dada por meio de Isaías, tratava inicialmente da restauração de Israel do exílio babilônico. Quando os israelitas retornaram à sua pátria, eles entraram num novo sistema de coisas. Ciro, o Grande, foi destacadamente usado por Deus para realizar esta restauração. De volta em Jerusalém, Zorobabel (descendente de Davi) serviu como governador, e Josué, como sumo sacerdote. Em harmonia com o propósito de Jeová, este novo arranjo governamental, ou 'novos céus', dirigia ou supervisionava o povo sujeito. (2Cr 36:23; Ag 1:1, 14) Assim, conforme predisse o versículo 18 do capítulo 65 de Isaías, Jerusalém tornou-se 'causa para júbilo e seu povo como causa para exultação'. Volume 1 p. 489.
Vemos que há sentido nesta compreensão de uma 'criação de céus e terra' simbólicos nesta profecia, mas que não poderia haver se fôssemos entendê-la de modo literal. Mas e quanto ao relato de Gênesis 1:1? O que são “os céus e a terra” que Deus criou ali? Diferentemente da profecia de Isaías, Gênesis 1:1: 2:1, 4 apresentam informações bem literais. E por que podemos afirmar isso? Pelo mesmo método de compreensão de Isaías, pelo que se fala no contexto. E o que diz o contexto de Gênesis 1:1? Vejamos!

Deus criou . . . a terra”
Amostra de 'uma terra sem forma e vazia'
Gênesis 1:1 diz: “No princípio Deus [Hebr.: אלהים (’Elo·hím) deuses] criou os céus e a terra”. Assim, ao examinarmos todo o contexto (leia Gênesis 1:1, 6-10; 2:1, 4) nos damos conta de que “os céus” que os Deuses criaram estava relacionado aos céus da terra, ou seja: toda a composição atmosférica, ou “expansão”, que envolve o nosso planeta, conforme já explicado aqui. Não se refere a 'céus' para além da estratosfera de nosso planeta, como é equivocadamente ensinado pelos irmãos do Corpo Governante. Já “a terra” refere-se à parte seca de nosso planeta, o chão ou solo produtivo e não ao inteiro planeta. Portanto Gênesis 1:1 não fala de uma suposta criação do planeta Terra. Novamente o contexto nos mostra isso. Ademais nosso planeta foi chamado de planeta Terra somente muitas centenas de anos após Gênesis.
Como era o planeta antes da criação da terra? Embora aparentemente só houvesse água no planeta, antes da “criação” de qualquer coisa, havia uma certa parte seca ou terra mas que não estava totalmente definida ou cultivável. Como podemos saber disso? Milhares de anos depois do Gênesis, o apóstolo Pedro, sob inspiração divina, escreveu sobre aqueles tempos primordiais, lembrando aos de seu tempo que “Desde a antiguidade”, sim, desde a "criação", “havia . . . uma terra sobressaindo compactamente à água e no meio da água negrito meu. Assim, visto que o pouco de terra seca que existia no meio de um planeta tomado por água 'sobressaia compactamente' à ela (isto é: à água) quando Deus começou suas obras 'ciativas' aqui, neste sentido, “a terra era sem forma e vazia”. 2 Pedro 3:5; Gênesis 1:2

Em que você acreditará agora?
As evidências são muito bem claras: Deus (ou os Deuses) não criaram o universo e o planeta terra como é suposto. Esse conhecimento, porém, levanta sérias implicações mas que deveremos enfrentá-las de frente se quisermos acreditar no que a Palavra de Deus ensina e não no que queremos que ela ensine. Em que você acreditará agora? No que ensinam equivocadamente as religiões que Deus criou o universo e o planeta terra ou no que a Bíblia realmente diz que Ele criou os “céus” atmosféricos, ou “expansão”, de nosso planeta; e a "terra" era a terra cultivável, ou continentes? A escolha é sua!
E quanto a Jeová, em quem você acha que ele vai olhar com seus olhos de favor e bênçãos? Aos que distorcem as Suas Palavras, 'indo além das coisas que estão escritas' nela? (1 Coríntios 4:6) Certamente que não! Jeová diz: Olharei, pois, para este, para o . . . que treme da minha palavra. ISAÍAS 66:02
Podemos ‘tremer da Palavra de Deus’ no sentido de que tememos até mesmo a idéia de desobedecer a Deus, de poluir a sua verdade com tradições humanas”, como diz o livro Profecia de Isaías II (cap. 27 pág. 392 par. 5 publicado pelas Testemunhas de Jeová) Sim, estejamos primeiramente ansiosos de aprender da Palavra de Deus e não da de homens!

21 de dezembro de 2010

“DEUS CRIOU OS CÉUS” — DE QUE MODO?

Quantos são os teus trabalhos, ó Jeová! A todos eles fizeste em sabedoria. A terra está cheia das tuas produções” — SALMO 104:24.

 Tenho visto muito progresso no meu estudo pessoal da Bíblia. Reparei que finalmente passei a entender mais claramente sobre quando foi e o que foi o “princípio”, de Gênesis 1:1. Depois analisei também, de modo mais apurado, o porque, no original hebraico ali, fala-se de Deuses” e não apenas de “Deus”. O que o espírito santo de Deus, por intermédio do meu estudo ponderado e com a ajuda toda importante das minhas 'faculdades de raciocínios' (Romanos 12:1) me fizeram compreender ali faz muito mais sentido do que o que eu havia sido persuadido a crer antes. Embora seja demasiadamente polêmica e totalmente nova tal compreensão, apresenta-se, porém, como verdades mais apuradas!
      Numa terceira postagem, por meio de exemplos e comparação, apresentei argumentos convincentes que demonstra que algumas das criações de Deus não foram criações literais e sim criações simbólicas. Foi assim com a “luz” que 'Deus decretou que houvesse' no primeiro dos dias criativos (Gênesis 1:3). Demonstrei que, na verdade, a luz já existia, bem como sua fonte, o Sol, bilhões de anos antes de sequer Deus (ou os Deuses) saber da existência deste planetaª. Evidenciei de modo mais real que foi por meio de trabalho e não de milagres, que essa 'luz veio a existir'. Será que seria deste modo que as várias outras 'criações' vieram à existência? Analisaremos a seguir sobre o segundo dia de criação, sim, sobre as coisas que Deus 'criou' durante todo o “princípio”, durante todo o “dia em que Jeová Deus criou os céus e a terra”. (Gênesis 2:4) Passemos ao segundo 'dia' de 'criação':

Como “Deus criou os céus”?
      O escritor de Gênesis relatou: “E Deus [Hebr.: אלהים (’Elo·hím) - deuses] prosseguiu, dizendo: 'Venha a haver uma expansão entre as águas e ocorra uma separação entre águas e águas.' Deus [Hebr.: אלהים (’Elo·hím) deuses] passou então a fazer a expansão e a fazer separação entre as águas que haviam de ficar debaixo da expansão e as águas que haviam de ficar por cima da expansão. E assim se deu. E Deus [Hebr.: אלהים (’Elo·hím) deuses] começou a chamar a expansão de Céu. E veio a ser noitinha e veio a ser manhã, segundo dia.Gênesis 1: 6-8
      Esta é uma explicação mais pormenorizada da declaração inicial do livro de Gênesis, onde o escritor nos informa que “no princípio Deus [Hebr.: אלהים (’Elo·hím) deuses] criou os céus” (Gênesis 1:1). Devemos novamente nos perguntar: Foi milagre ou trabalho? Como resposta, note que primeiramente Deus decreta: “venha a haver” para, logo em seguida, o relato concluir dizendo que Deus passou “a fazer”. Fazer em que sentido? Por milagre ou por trabalho? O texto do salmista a seguir tem muita relevância para a compreensão de tudo, leiamos: “Quantos são os teus trabalhos, ó Jeová! A todos eles fizeste em sabedoria. A terra está cheia das tuas produções”. (SALMO 104:24) Sim, envolveu trabalho e não milagres inesplicáveis! Mais uma vez, Deus 'passou a fazer' coisas utilizando para isso a mão de obra de seus filhos angélicos e não milagres irreais como nos foi ensinado de modo equivocado! Deveras, 'Os céus . . . e a expansão [estão] contando o trabalho das . . . mãos' dos Deuses! (Salmo 19:1) Mas o que exatamente aconteceu?
      A respeito do segundo período ou “dia” criativo, Gênesis 1:6-8 declara que os “Deuses” fizeram uma “expansão [Hebr.: ra·qí·a‛] entre as águas” e fizeram que ocorresse “uma separação entre águas e águas”. A esta expansão eles deram o nome de “Céu”. Mais adiante, o registro fala de luzeiros aparecerem na “expansão dos céus”, e mais tarde ainda, de criaturas voadoras voarem sobre a terra, “na face da expansão dos céus”. Mas estes serão assuntos para futuros estudos-pessoal. Gên 1:14, 15, 17, 20.

O que são “os céus” que Deus criou?
      A enciclopédia Estudo Perspicaz das Escrituras explica melhor, dizendo que o relato aqui em exame “Descreve . . . a formação da expansão atmosférica em volta da terra e indica que, em certa época, não havia nenhuma divisão clara ou um espaço aberto, mas que todo o globo se encontrava anteriormente envolto em vapor aquoso. . . . [A] mistura gasosa que compõe a atmosfera da terra é tão real como o solo e a água, e tem peso próprio (além de conter água e inúmeras partículas de materiais sólidos, tais como pó. O peso de todo o ar em volta da terra tem sido calculado em mais de 5.200.000.000.000.000 de toneladas métricas. (The World Book Encyclopedia [A Enciclopédia do Livro Mundial], 1987, Vol. 1, p. 156) A pressão atmosférica ao nível do mar é de cerca de 1 kg por cm2. A atmosfera oferece também resistência, de modo que a maioria dos meteoros que atingem o imenso envoltório de ar em torno da terra se queimam pela fricção criada por ela". Volume 2 p. 81/82
      Sendo assim, podemos afirmar com plena certeza que, “os céus” (Gênesis 1:1; 2:1, 4) que os Deuses criaram não foram os céus astronômicos; os céus do espaço; o universo com seus ainda assombrosos número e tamanhos de galáxias, contendo bilhões de estrelas cada, as quais, em muitos dos casos, fogem à nossa compreensão. Deveras, um Deus (assessorado por milhões de ajudantes) que tem o poder de modificar o ambiente de um planeta e transformá-lo num local novamente propício à vida humana e animal é de nos assombrar, mas nos transporta para um conhecimento mais real. Já um Deus que tem o poder de criar um universo (por menor que este pudesse ser) foge à realidade e ultrapassa as fronteiras para o mundo das fábulas.
     Logo a seguir, lança-se nova luz sobre a 'criação da terra'. É a sequência de meu estudo pessoal sobre o primeiro versículo da bíblia, Gênesis 1:1.

ª O fato de a Bíblia silenciar sobre a existência dos dinossauros e de outras formas de vida que viveram neste planeta muitos milhões de anos antes é argumento suficiente para compreendermos que, quando chegaram aqui para 'criar', foi numa data bem recente em comparação com a idade do planeta Terra.
O verbo hebraico tem dois estados, o perfeito e o imperfeito. O perfeito indica ação completada. O imperfeito indica ação incompleta ou contínua, ou ação em progresso. Em Gên 1:1, “criou”, no hebraico, é um verbo no perfeito, mostrando que a ação de criar os céus e a terra fora completada do ponto de vista do escritor do livro, que o escreveu milhares de anos depois.

18 de dezembro de 2010

O QUE E DE QUE MANEIRA DEUS “CRIA”?

Cria em mim um coração puro, ó Deus,
E põe dentro de mim um espírito novo, firme”. SALMO 51:10.

No princípio Deus criou os céus e a terra.” (Gênesis 1:1) Essas palavras iniciais da Bíblia não se referem, como nós Testemunhas de Jeová insistimos em crer até os dias atuais, “à criação de nosso sistema solar, incluindo o nosso planeta, bem como à criação das estrelas nos bilhões de galáxias que compõem o Universo”, conforme explica A sentinela de 15 de fevereiro de 2007 na página 5. Já mostrei aqui que o “princípio” de Gênesis 1:1 não é um tempo isolado dos demais tempos que compõem todos os 'seis dias criativos'. 

Quando criar não é criar
Ficou evidente que se tratam das mesmas questões. Que, na verdade, o tempo chamado de “no princípio” é o mesmo que o “tempo” e o "dia" de Gênesis 2:4 e que ambos os textos relatam as mesmas 'criações' que são “os céus” da terra – nossa atmosfera compostas de todos os gases e densas nuvens de gases – e que “a terra” – é o “solo seco”, os continentes da Terra. Evidentemente, portanto, o relato de Gênesis (todo ou em partes) nada fala sobre a criação do universo, das galáxias, das estrelas e também sequer do planeta Terra de modos literais. Então se Deus não criou literalmente estas coisas, o que exatamente aconteceu? O que foi que Jeová Deus criou e de que maneira? Bem, as respostas vieram após meu estudo pessoal da Bíblia de ontem. Continue lendo!
O Salmista cantou: “cria em mim um coração puro, ó Deus, E põe dentro de mim um espírito novo, firme”. (SAL. 51:10). Será que o salmista está pedindo que nosso Criador 'crie' literalmente um coração para ele? Será que ele nasceu sem coração? Claro que não! Certamente entendemos que o que o salmista está pedindo é que Deus lhe ajude a ter um coração figurativo mais obediente. Igualmente, entendemos que o “espírito novo” que o salmista pede não é um novo “fôlego de vida” literal como Ele fez ao criar Adão. Não, certamente quando aplicamos as nossas 'faculdades de raciocínio' ao nosso estudo pessoal da Bíblia, passamos a entender a verdade clara, que certas passagens da Bíblia não são literais e sim figurativas. Romanos 12:1.
'Cria-se' a luz – acaba-se a escuridão
O que exatamente os Deuses (Jeová e seus mais de cem milhões de filhos angélicos) criaram no Gênesis? Se no “princípio”, sim, “no dia em que Jeová Deus fez a terra e o céu”, (Gênesis 2:4) o que Deus criou não foram os universo e planeta terra, o que ele criou então? Vejamos os textos envolvidos:
Antes, porém, visualize um grupo de pedreiros que irão aprimorar uma casa e que o trabalho se iniciará pelo interior da mesma e que esta, para complicar, não tinha nem sequer janelas. O que acha que eles precisariam antes de se iniciar os trabalhos? Não seria de luz? De outra forma, como veriam as paredes e os materiais se lá dentro estava completamente escuro? Era assim que se encontrava a nossa casa, o planeta Terra, quando Deus o encontrou em suas viagens pelo cosmo. Leiamos:
A terra mostrava ser [quando pousaram nela, antes de se iniciarem qualquer trabalho de 'criação'] sem forma e vazia, e havia escuridão sobre a superfície da água de profundeza”. Visto que a luz do já existente Sol não penetrava as densas camadas de nuvens, o planeta que era quase 100% composto de água encontrava-se em profunda escuridão. (Jó 38:9) Não havia continentes nem solo produtivo. Mas, repare: mesmo assim os Deuses penetraram aquela atmosfera e, após pousarem, “a força ativa de Deus [flutuava] por cima da superfície das águas Gên. 1:2.

Sim, os Deuses percebiam que o planeta tinha mais que o necessário em águas para que viesse a existir vida ali. Então, após cuidadosa sondagem, e ao perceberem que dali sairia um mundo mais fácil do que poderiam ter imaginado, deram início aos trabalhos. Para isso, Jeová Deus decretou: “Venha a haver luz” (Gên. 1:3a). Não era um milagre, era uma convocação para o trabalho mesmo. Todos os Deuses envolvidos na execução deste grandioso trabalho inicial eram seres inteligentes que tinham, por assim dizer, cursado as melhores universidades celestiais. Deveras, sabiam tudo de química, física, astronomia, biologia e todas as demais ciências necessárias. Passaram a trabalhar, de maneira organizada, para cumprir o decretado por Jeová Deus e entregar o quanto antes, este que foi o primeiro desafio neste imenso canteiro de obras que era a Terra.
Para que 'viesse a haver a luz' foi necessário métodos e o auxílios de ferramentas – desconhecidos por nós humanos – para modificações nas densas camadas de nuvens. O objetivo era que estas se 'afinassem' e, assim, possibilitasse a passagem da luz solar até a superfície das águas, iluminando assim seu local de trabalho principal. Sabiam também que sem luz não há vida. 

Tudo indica que, embora que 'viesse a haver luz' neste primeiro dos 'dias criativos', esse processo foi gradual e, assim, a luz foi aumentando gradativamente, conforme as camadas de nuvens eram modificadas pelo exaustivo trabalho dos deuses. Seria somente no quarto "dia" que todo este processo terminaria por completo. Naquele dia, “então”, chegaram ao fim desse primeiro trabalho, e só então “veio a haver luz “ de forma completa (Gên. 1:3b). Viu? Foi assim que Deus (ou os Deuses) 'criou a luz'.
Certamente, todos esses filhos de Deus 'bradaram em aplausos' – ano após ano, décadas após décadas, durante todos os milênios em que duraram este 'dia' – Jó 38:7
     Foi também neste 'primeiro dia' que os Deuses perceberam finalmente a rotação do planeta. Desta forma, também 'fizeram', ao trazer a luz à superfície, a 'separação' conhecida hoje como dia e noite. – Gênesis 1:4, 5
     Lembrando, porém, que este primeiro dia de 'criação', faz parte de todo o “princípio” de 'criação' relatado de modo antecipado em Gênesis 1:1
Mais 'criações'
Nos versículos seguintes de Gênesis, lemos que o Criador produziu o que a Bíblia chama de “expansão” ou “céus”. (Gênesis 1:6-8) Ela é composta de gases que formam a atmosfera da Terra. Porém, analisaremos a 'criação dos céus' pelos Deuses num estudo pessoal logo mais adiante.

16 de dezembro de 2010

"DEUS" OU "DEUSES" — QUAL A VERDADE?

Deus se põe de pé na assembleia do Divino; Julga no meio dos [demais] Deuses”. — SALMO 82:1.

O livro bíblico de jó (Jó 1:6) mostra-nos que de tempos em tempos há uma grandiosa reunião de todos os seres que habitam nos domínios celestiais. Todos os anjos fiéis, com certeza, são convocados. Em tais reuniões solenes podemos concluir que, dentre os muitos assuntos abordados ali, os mandamentos, decretos e leis do Soberano Senhor Jeová, ganham destaques. 

     Podemos até visualizar Jeová Deus, o Grandioso rei celestial, o principal orador de tais assembleias, sentado em seu trono de glória, aguardando mais uma reunião começar. Quando toda a família celestial se posiciona em seus devidos lugares, aguardando a tão esperada reunião ter um início, talvez vejam o Grandioso Rei, o próprio Jeová Deus, levantar-se de seu trono, olhar atentamente para toda aquela assembleia e, pedindo a atenção de todos, dá início a mais uma reunião emocionante. Dentre os muitos assuntos ali abordados, com plena certeza, podemos esperar que Ele próprio, o Juiz celestial, declare seus julgamentos a todos os presentes. Sim, “Deus se põe de pé na assembleia do Divino e julga no meio dos Deuses” — Salmo 82:1.

      Perceberam que se diz aqui que Deus é o principal orador, e não o único, em tais assembleias? Por que e baseado em que se afirma isso? Já foi em alguma grande assembleia? Já observou que, não raro, em reuniões de certa importância existe um Presidente (aquele que “preside” ou “dirige” a reunião) e que, de acordo com os temas abordados, são convidados ou comissionados outros oradores públicos? Sim, todos nós conhecemos muito bem como são dirigidas as grandes assembleias hoje! Será que, como concluem muitos religiosos (inclusive as Testemunhas de Jeová), nas reuniões celestiais só Deus fala? Ou será que outros são convidados para também transmitirem as informações pertinentes? A resposta é “sim” se observarmos que, no hebraico original, no Salmo 82:1, a palavra “Deus” está no plural (אלהים [’Elo·hím = “Deuses”). Sendo assim, o texto transmite a seguinte ideia: “Deuses se põe[m] de pé na assembleia do Divino; julgam no meio dos [outros] Deuses'.

      O Salmo em questão não é o único lugar onde “Deus.” (Hebr.: אלהים (’Elo·hím), "Deuses"), aparece. Este termo aparece em muitos textos das Escrituras. Vamos então examinar a primeira ocorrência desta palavra na Bíblia e ver se podemos extrair deste estudo alguma informação nova!

Duas Explicações – Nenhuma Resposta
Gênesis 1:1 diz: “No princípio (Hebr.: Bere’·shíth) Deus (Hebr.: אלהים [’Elo·hím - Deuses]) criou os céus e a terra.”

      Conforme já explicado, este texto contém cinco assuntos principais para se pesquisar. Em postagem anterior fiz meu estudo pessoal sobre o “princípio” e aprendi dali novas verdades — confira aqui!

      Prosseguindo com meu estudo pessoal, analisei profundamente a segunda parte classificada por mim neste texto para se entender, que é sobre os “deuses” que 'criaram os céus e a terra', e, assim, passo a publicar o resultado que o espírito santo de Deus me orientou no meu estudo pessoal sobre mais uma das 'coisas profundas sobre Deus'. — 1 CORÍNTIOS 2:10.

      Em Gênesis 1:1 reza, de modo original: `No princípio Deuses criaram os céus e a terra`. Assim, para qualquer pessoa que está fazendo seu estudo pessoal da Bíblia, surge uma questão que é primordial para se entender a natureza de Deus. Ele é “Ele” ou Ele é “Eles”? Deus é um ou Deus é mais que um? Existe outra explicação?
  
    Para muitas religiões que se dizem cristãs Deus é uma Trindade, ou seja: Deus é “um” mas também é “três” deuses – Dizem que o “Pai”, o “Filho” e o “Espírito Santo” são um só Deus. Quando lêem na Bíblia o termo hebraico אלהים (’Elo·hím), muito provavelmente entendem que o texto refere-se a este suposto deus trino. Mas essa crença não se sustenta quando lemos a explicação do assunto dada pelo próprio Filho de Deus, Jesus Cristo. Ele, sendo o próprio Filho de Deus, com certeza sabe a verdade sobre a natureza Sua e de seu Pai melhor que qualquer teólogo trinitário. Ele disse aos seus ouvintes: “ ‘Ouve, ó Israel: Jeová, nosso Deus, é um só Jeová'.” (Marcos 12:29). Não, definitivamente Deus não é uma multiplicidade de deuses num só Deus. A existência dum chamado Deus trino ou trindade é invenção pagã. É realmente uma falsidade blasfema. — Deuteronômio 6:4.
     
    Então como explicar Gênesis 1:1? O fato é que no texto hebraico desta narrativa, a palavra para “Deus” é eloim, que é a forma plural de elóah. Para nós Testemunhas de Jeová, entendemos que o plural usado aqui em Gênesis é para indicar excelência e grandiosidade. Estudo Perspicaz das Escrituras explica: “A palavra hebraica ’elo·hím (deuses) parece derivar duma raiz que significa 'ser forte'. ’Elo·hím é o plural de ’elóh·ah (deus). Este plural, às vezes, refere-se a diversos deuses (Gên 31:30, 32; 35:2), com mais frequência, porém, é usado como plural de majestade, dignidade ou excelência. ’Elo·hím é usado nas Escrituras com referência ao próprio Jeová, a anjos, a deuses-ídolos (singular e plural) e a homens. Quando aplicado a Jeová, ’Elo·hím é usado como plural de majestade, dignidade ou excelência- (v.1 p.689) - o sublinhado é meu.
    
     Na verdade, desde que eu fui contatado por uma TJ e este passou a me ensinar as verdades da Bíblia, conforme explicado pela Organização, assim fui orientado a crer. Eu, porém, nunca consegui ver muita lógica nessa forma de compreensão, apesar de a aceitar antes a esta do que a dos trinitários. Então, para compreender definitivamente este aspecto do texto também, resolvi por em prática o que nós Testemunhas de Jeová muito presamos e levamos muito a sério: meu Estudo Pessoal da Bíblia. O que será que o estudo, acompanhado de 'minhas faculdades de raciocínio' me fez ver? — Romanos 12:1.

A Verdadeira Identidade dos "Deuses"
      Leia novamente o texto temático dessa postagem: Deus se põe de pé na assembleia do Divino; Julga no meio dos Deuses.” (SALMO 82:1). Conforme já explicado, esses “deuses” a quem “Deus” se posiciona em seu meio, são os milhões de anjos que habitam onde Deus habita, em algum lugar dos céus espacial. Sim, todos são verdadeiramente deuses na essência da palavra. Foram eles ou a maioria deles que estiveram envolvidos diretamente na 'criação' dos “céus e da terra”. Foi por isso que, no sexto dia criativo, “Deus prosseguiu, dizendo: 'Façamos [o] homem à nossa imagem, segundo a nossa semelhança'.” (Gênesis 1:26) Certamente o leitor concorda que Deus não teria dito uma coisa dessa a si mesmo, como se ele fosse uma trindade de deuses. É também verdade que não teria dito para o seu “plural de majestade, dignidade ou excelência”. Então a quem ele disse isso? A quem Deus disse “façamos” e “à nossa semelhança”? Não foram a todos os anjos que estiveram envolvidos — direta ou indiretamente — na 'criação dos céus e da terra'?
    
      Sim, certamente! Até mesmo Cristo, certa vez, falou que estava presente em todo o período da 'criação', lemos: De modo que agora, Pai, glorifica-me junto de ti com a glória que eu tive junto de ti antes de haver o mundo” (JOÃO 17:5) João 1:1 e 2 explica: No princípio era a Palavra [Jesus], e a Palavra estava com o Deus [ “com os Deuses” - (Lit.: “estava para com o Deus”. Gr.: en pros ton The·ón; J17,18(hebr.): ha·yáh ’eth ha·’Elo·hím)], e a Palavra era um [dos] Deus[es]. Este estava no princípio [no Gênesis] com o Deus.” Ninguém discorda que Jesus esteve lá, durante todo o período da criação. Mas só ele estava lá com Jeová Deus? Note este texto: “E Jeová Deus prosseguiu, dizendo: “Eis que o homem se tem tornado como um de nós, sabendo o que é bom e o que é mau, e agora, a fim de que não estenda a sua mão e tome realmente também [do fruto] da árvore da vida, e coma, e viva por tempo indefinido —” (Gênesis 3:22) Pergunte-se: A quem ele estava falando? Só ao seu Filho Jesus ou a todos os outros (também Filhos) juntos? A resposta é simples: a todos. Por que? Porque não eram só Jeová e Jesus quem 'sabia o que era bom e o que era mau', todos os demais “Filhos de Deus” eram sabedores disso também. — Jó 1:6. note Salmo 103:20.


      Portanto Jeová Deus tinha como ajudantes na 'criação' centenas de milhões de anjos. Revelação (Apocalipse) 5:11 diz: “O número (dos anjos) era miríades de miríades”, ou “dez mil vezes dezenas de milhares”*. É assim que devemos entender o primeiro versículo da Bíblia. Deus comandava milhões de anjos e estes executavam Sua (a de Deus) palavra. É por isso que “no princípio Deuses criou os céus e a terra”. O verbo permanece no singular para explicar que, embora todos tiveram participação, é Jeová quem ficaria com os créditos. É bem semelhante a qualquer obra de engenharia humana atual. Há um Engenheiro, um Mestre-de-obras, depois vêm um pequeno grupo de supervisores . . . até chegar aos derradeiros, que são os pedreiros e ajudantes de pedreiros. Mas no fim, quando se pergunta hoje quem fez determinado viaduto, costuma se dizer: “foi Maluf quem fez esse viaduto”. Deu pra entender, não deu?

      Assim, tendo terminado meu estudo pessoal e tendo recebido do espírito santo de Deus uma nova luz sobre a compreensão do primeiro versículo da Bíblia, resta-me divulgar isso ao mundo para que todos possam também tirar proveito desse novo entendimento mais apurado acerca de Deus. Lembre-se: conhecer sobre Deus e sobre Jesus poderá te dá vida eterna — JOÃO 17:3.

      Então, depois de ter descoberto que os cristão trinitários blasfemam de Deus ao dizer que Ele é uma trindade e ter visto que até mesmo nós, Testemunhas de Jeová, estivemos durante vários anos equivocados ao entendermos que “deuses”, na Bíblia, quando fala de Deus, é para denotar “majestade, dignidade ou excelência”, resta-me prosseguir no meu estudo pessoal para entender mais das “coisas profundas de Deus— 1 CORÍNTIOS 2:10.
      
      Portanto, se o Deus Todo-Poderoso, junto com o Seu Filho — o pré-humano Jesus — , e todos os centenas de milhões de outros filhos angélicos, estiveram envolvidos na 'criação dos céus e da terra', resta-me entender como e o que exatamente eles criaram. Aguarde.

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*Portanto, a Bíblia realmente indica que Deus tinha a seu dispor centenas de milhões de anjos.