18 de dezembro de 2010

O QUE E DE QUE MANEIRA DEUS “CRIA”?

Cria em mim um coração puro, ó Deus,
E põe dentro de mim um espírito novo, firme”. SALMO 51:10.

No princípio Deus criou os céus e a terra.” (Gênesis 1:1) Essas palavras iniciais da Bíblia não se referem, como nós Testemunhas de Jeová insistimos em crer até os dias atuais, “à criação de nosso sistema solar, incluindo o nosso planeta, bem como à criação das estrelas nos bilhões de galáxias que compõem o Universo”, conforme explica A sentinela de 15 de fevereiro de 2007 na página 5. Já mostrei aqui que o “princípio” de Gênesis 1:1 não é um tempo isolado dos demais tempos que compõem todos os 'seis dias criativos'. 

Quando criar não é criar
Ficou evidente que se tratam das mesmas questões. Que, na verdade, o tempo chamado de “no princípio” é o mesmo que o “tempo” e o "dia" de Gênesis 2:4 e que ambos os textos relatam as mesmas 'criações' que são “os céus” da terra – nossa atmosfera compostas de todos os gases e densas nuvens de gases – e que “a terra” – é o “solo seco”, os continentes da Terra. Evidentemente, portanto, o relato de Gênesis (todo ou em partes) nada fala sobre a criação do universo, das galáxias, das estrelas e também sequer do planeta Terra de modos literais. Então se Deus não criou literalmente estas coisas, o que exatamente aconteceu? O que foi que Jeová Deus criou e de que maneira? Bem, as respostas vieram após meu estudo pessoal da Bíblia de ontem. Continue lendo!
O Salmista cantou: “cria em mim um coração puro, ó Deus, E põe dentro de mim um espírito novo, firme”. (SAL. 51:10). Será que o salmista está pedindo que nosso Criador 'crie' literalmente um coração para ele? Será que ele nasceu sem coração? Claro que não! Certamente entendemos que o que o salmista está pedindo é que Deus lhe ajude a ter um coração figurativo mais obediente. Igualmente, entendemos que o “espírito novo” que o salmista pede não é um novo “fôlego de vida” literal como Ele fez ao criar Adão. Não, certamente quando aplicamos as nossas 'faculdades de raciocínio' ao nosso estudo pessoal da Bíblia, passamos a entender a verdade clara, que certas passagens da Bíblia não são literais e sim figurativas. Romanos 12:1.
'Cria-se' a luz – acaba-se a escuridão
O que exatamente os Deuses (Jeová e seus mais de cem milhões de filhos angélicos) criaram no Gênesis? Se no “princípio”, sim, “no dia em que Jeová Deus fez a terra e o céu”, (Gênesis 2:4) o que Deus criou não foram os universo e planeta terra, o que ele criou então? Vejamos os textos envolvidos:
Antes, porém, visualize um grupo de pedreiros que irão aprimorar uma casa e que o trabalho se iniciará pelo interior da mesma e que esta, para complicar, não tinha nem sequer janelas. O que acha que eles precisariam antes de se iniciar os trabalhos? Não seria de luz? De outra forma, como veriam as paredes e os materiais se lá dentro estava completamente escuro? Era assim que se encontrava a nossa casa, o planeta Terra, quando Deus o encontrou em suas viagens pelo cosmo. Leiamos:
A terra mostrava ser [quando pousaram nela, antes de se iniciarem qualquer trabalho de 'criação'] sem forma e vazia, e havia escuridão sobre a superfície da água de profundeza”. Visto que a luz do já existente Sol não penetrava as densas camadas de nuvens, o planeta que era quase 100% composto de água encontrava-se em profunda escuridão. (Jó 38:9) Não havia continentes nem solo produtivo. Mas, repare: mesmo assim os Deuses penetraram aquela atmosfera e, após pousarem, “a força ativa de Deus [flutuava] por cima da superfície das águas Gên. 1:2.

Sim, os Deuses percebiam que o planeta tinha mais que o necessário em águas para que viesse a existir vida ali. Então, após cuidadosa sondagem, e ao perceberem que dali sairia um mundo mais fácil do que poderiam ter imaginado, deram início aos trabalhos. Para isso, Jeová Deus decretou: “Venha a haver luz” (Gên. 1:3a). Não era um milagre, era uma convocação para o trabalho mesmo. Todos os Deuses envolvidos na execução deste grandioso trabalho inicial eram seres inteligentes que tinham, por assim dizer, cursado as melhores universidades celestiais. Deveras, sabiam tudo de química, física, astronomia, biologia e todas as demais ciências necessárias. Passaram a trabalhar, de maneira organizada, para cumprir o decretado por Jeová Deus e entregar o quanto antes, este que foi o primeiro desafio neste imenso canteiro de obras que era a Terra.
Para que 'viesse a haver a luz' foi necessário métodos e o auxílios de ferramentas – desconhecidos por nós humanos – para modificações nas densas camadas de nuvens. O objetivo era que estas se 'afinassem' e, assim, possibilitasse a passagem da luz solar até a superfície das águas, iluminando assim seu local de trabalho principal. Sabiam também que sem luz não há vida. 

Tudo indica que, embora que 'viesse a haver luz' neste primeiro dos 'dias criativos', esse processo foi gradual e, assim, a luz foi aumentando gradativamente, conforme as camadas de nuvens eram modificadas pelo exaustivo trabalho dos deuses. Seria somente no quarto "dia" que todo este processo terminaria por completo. Naquele dia, “então”, chegaram ao fim desse primeiro trabalho, e só então “veio a haver luz “ de forma completa (Gên. 1:3b). Viu? Foi assim que Deus (ou os Deuses) 'criou a luz'.
Certamente, todos esses filhos de Deus 'bradaram em aplausos' – ano após ano, décadas após décadas, durante todos os milênios em que duraram este 'dia' – Jó 38:7
     Foi também neste 'primeiro dia' que os Deuses perceberam finalmente a rotação do planeta. Desta forma, também 'fizeram', ao trazer a luz à superfície, a 'separação' conhecida hoje como dia e noite. – Gênesis 1:4, 5
     Lembrando, porém, que este primeiro dia de 'criação', faz parte de todo o “princípio” de 'criação' relatado de modo antecipado em Gênesis 1:1
Mais 'criações'
Nos versículos seguintes de Gênesis, lemos que o Criador produziu o que a Bíblia chama de “expansão” ou “céus”. (Gênesis 1:6-8) Ela é composta de gases que formam a atmosfera da Terra. Porém, analisaremos a 'criação dos céus' pelos Deuses num estudo pessoal logo mais adiante.

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