31 de dezembro de 2011

CHRISTOPHER HITCHENS SE FOI. SUAS CRÍTICAS, PORÉM, FICAM


Christopher Hitchens - suas críticas
deverão serem levadas em conta
Mais um homem de ideias brilhantes deixou o mundo dos vivos. Trata-se de Christopher Hitchens, (1949-2011) um inglês, defensor das ideias antirreligiosas, mas que, após seu último suspiro, no último dia 15, em Houston, no Texas (EUA), tomou o "caminho de toda a terra": o 'retorno ao pó' dela. (1Rs 2:2; Gên 3:19; Jó 34:15; Ec 3:20) Mas quem realmente foi este homem e porque se pode dizer que suas ideias foram brilhantes?

   Antes de falecer, de câncer no esôfago, Hitchens cedeu sua ultima entrevista a seu amigo (também um cara brilhante) Richard Dawkins, nas páginas da revista New Statesman. A entrevista está sendo veiculada pelo jornal Folha de Esse Ponto Paulo, (Ilustrada; Sábado, 31dez_11; E1, E6 e E7 – com tradução direta da Statesman por Clara Allain) onde este dedica três páginas inteiras à entrevista. Christopher Hitchens fora, por quase toda sua vida, um homem ateu e defensor bem conhecido e respeitado dessa ideia. E o que o atraiu ao ateísmo? Ele nunca leu a Bíblia? Veja as seguintes palavras ditas por ele mesmo. Elas respondem por si mesmas a estas duas perguntas: “Em minha formação, fui incentivado a ler como uma borboleta, pousando sobre um tema e tomando um golinho de néctar, mas sem mergulhar mais fundo”. (E1)Podemos concluir que 'seus formadores' não o incentivaram a ler a Bíblia, pois se o tivessem feito, certamente não teriam utilizado deste modelo, o das borboletas, que tem por natureza ficar voando de flor em flor sem se apegar a nenhuma delas. Ou será que ele quis dizer que, enquanto lia, 'tomava' um tipo de “néctar” diferente, tal como uma cachaça? Seja como for, suas palavras indicam que ele, caso tenha lido as Escrituras Sagradas, 'não mergulhava afundo', fazendo uma 'pesquisa' sóbria delas. Se todos lessem a Bíblia assim também, não haveria um só crente no mundo! – compare com Salmos 10:4.

Pontos Interessantes da Entrevista

   O que ainda podemos extrair de interessante da entrevista de Hitchens? Ele, como jornalista e crítico literário, ficou conhecido por sua admiração por George Orwell, por Thomas Jefferson; por atacar Bill Clinton, Henrry Kissinger e a Madre (dos católicos) Teresa de Calcutá.  Suas principais obras literárias foram: “O julgamento de Kissinger” (2001), “Cartas a um Jovem Contestador” 2001, “A Vitória de George Orwell”(2002), “Amor Pobreza e Guerra”(2004), “Os Direitos do Homem de Thomas Payne”(2006), “Deus não é Grande” (2007) e “Hitch-22” (2010) Hitchens, na verdade, nessa sua última entrevista, debate sobre uma série de temas, tais como: a relação entre Igreja e Estado, o ensino religioso nas escolas e, claro, os riscos bem conhecidos por todos nós neste mundo, o do totalitarismo político ou religioso. E sobre o cristianismo? Será que ele disse algo? Disse sim! Disse uma verdade vergonhosa sobre os “cristãos”. Qual?


“Não há realmente cristãos crentes”


   Quando Richard Dawkins lhe fez a seguinte pergunta: “Chega a preocupar você a ideia de que, se vencermos e destruirmos o cristianismo [ . . . ] o vazio poderia ser preenchido pelo islã?” Ele negou. Disse: “Não, não acredito que a Europa se encheria de muçulmanos à medida que se esvaziasse de cristãos. O cristianismo derrotou a si mesmo na medida em que se tornou uma coisa cultural. Não há realmente cristãos crentes, como havia gerações atrás”. Chocante quanto nos pareça ser, estas palavras são verazes, produto de uma mente que só podemos denominá-la de brilhante! Embora o ateu aqui em questão não obteve, enquanto vivo, a perspicácia necessária para distinguir cristão de cristandade – pois é desta última que ele fala – há um contingente inumerável de gente que, tendo abandonado os ensinos cristãos e abraçado a ensinos culturais, lançam um tremendo vitupério sobre o Cristo. A grande massa das religiões ditas cristãs têm feito exatamente isso. Em vez de se aterem aos ensinos verdadeiramente cristãos, “ensinam por doutrinas os mandados de homens”, como o próprio Senhor havia antevisto. (Mt 15:9) É chocante observar que até mesmo aqueles que se dizem os “verdadeiros cristãos”, as Testemunhas de Jeová – minha própria religião – tem feito isso também. E como fazemos isso?



Os ensinos das Testemunhas de Jeová tem se tornado também “uma coisa cultural”?


   Inicialmente, em fins do século dezenove e início do século vinte, os Estudantes da Bíblia, como eram chamadas as Testemunhas de Jeová antes, verdadeiramente estudavam as Escrituras com o fim de compreender os ensinos cristãos, com o intuito de os destacarem em meio a tantas ‘doutrinas inventadas por homens’ no decorrer dos séculos. E eles fizeram isso de modos maravilhosos! Deixaram claro que, conforme iam aprendendo e se maravilhando com o ensino divino cristão, abandonariam os ensinos que não eram cristãos. Chegaram a dizer que, diferentemente dos da cristandade, caso descobrissem novas verdades mesmo após já as terem descoberto, que ‘não teriam medo ou receio algum de admitir que se equivocaram' e que, portanto, ‘estariam dispostas a fazer ajustes de entendimento, se necessário’. De fato, elas se destacaram como uma religião flexível nesse quesito, mas, infelizmente, isso foi só naquele início! Depois, como todas as demais religiões altamente organizadas, estabeleceram suas “verdades supremas” também, como disse Hitchens sobre as religiões fundamentalistas e perigosas. Uma crítica, na verdade, muito bem aplicada. Mas quais os ensinos que minha religião tem como “verdades supremas” mas que não são cristãs? 

   Não são muitas, felizmente. Mas se elas não fizerem os ajustes que tanto alegam que fazem com certa urgência, correrão o risco de, também, e a exemplo do que ocorreu com as religiões da cristandade, serem rejeitadas pelo "espírito dos Deuses santos". (Dn 4:9) Os Deuses santos, Jeová, seu Filho-Deus, Jesus e os demais milhões de outros 'co-associados dele', não toleram religiões e religiosos que substituem as verdades bíblicas por ensinos de homens; a verdade por mentiras. (Is 9:6; Jo 1:1; He 1:9) Mesmo que essa mentira seja algo aparentemente muito boa para eles, tal como afirmarem que os Deuses criaram o universo, as galáxias, as estrelas, os planetas, as luas, a água e até mesmo a vida de modo inédito e outros ensinos embaraçosos tidos de igual modo como "verdades absolutas" cristãs. Eliminar o ensino verdadeiro da evolução, também, tem trazido muita confusão e escuridão espiritual ao mundo, em vez de o iluminar.

   Portanto, que nós, as Testemunhas dos Deuses Santos, tenhamos verdadeira coragem e enfrentemos as mudanças e ajustes necessários com humildade cristã. Que aceitemos somente os ensinos bíblicos e cristãos verdadeiros, abandonando os que achávamos que eram verdadeiros para que, mais à frente, não sejamos o próximo alvo das próximas críticas verdadeiras de um outro próximo ateu. Que aceitem as críticas bem fundamentadas na verdade, antes vindas de um membro da fé, e nunca vindas de um ateu, por mais brilhante que seja a mentalidade deste. Tenhamos coragem de sermos cristãos maduros, portanto.


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